sábado, 21 de abril de 2012

Tiradentes- a verdadeira história




Segundo o escritor francês Balzac, há duas histórias: a Oficial, que é 
mentirosa e a Verdadeira, que é secreta. Com a abertura democrática de 
nosso país, cada vez mais vamos sabendo de coisas que são diferentes 
daquelas aprendidas na escola. Uma delas é a respeito de Tiradentes. 
Tiradentes não usava nem barba e nem bigode. Esta imitação de Cristo, foi 
feita há tempos e sacramentada através da Lei Federal 4897 de 1966 pelo 
presidente Castelo Branco, quando  foi definido a imagem com barba e 
cabelos longos de Tiradentes. 

Poucos sabem que  Joaquim José da Silva Xavier, conhecido como 
Tiradentes, era maçom, bem como  quase a totalidade dos líderes do 
movimento de independência. O movimento de independência tinha como 
caráter principal três províncias do Brasil, Minas Gerais, Rio de Janeiro e 
São Paulo, sendo que o resto do país deveria acompanhar as três províncias 
citadas.  

A Inconfidência Mineira começou em Vila Rica, que era a cidade 
mais rica de Minas Gerais, tendo uma vida praticamente européia com 
orquestras, teatros e grupos literários.  

Em 1756 houve um grande terremoto em Portugal que destruiu quase 
que toda a cidade de Lisboa. E quem arcou com os custos foi o Brasil, pois 
o Marques de Pombal impôs uma cobrança sobre o ouro de 1/5 sobre o 
peso do mesmo que deveria ser mandado a Portugal por um prazo de 10 
anos consecutivos. Como sempre no  Brasil, tudo que é definitivo é 
provisório e o que é provisório é definitivo. Assim a cobrança do ouro 
durou 60 anos.  

O que houve foi que as minas de ouro em Vila Rica esgotaram-se e 
os mineiros não tinham mais como pagar o quinto de imposto. Para piorar, 
como o ouro estava diminuindo, Portugal estabeleceu uma cota fixa para 
Vila Rica, devendo ser arrecadado de qualquer maneira 1.500 kg de ouro 
por ano, não importando a quantidade de produção. 

Na verdade ninguém sabe quem foi o verdadeiro líder da revolução, 
mas não há dúvida que foi um movimento maçônico que lutava pela 
independência do Brasil, contando com homens como o Coronel Francisco 
de Paula Freire de Andrade, o engenheiro químico  Dr. José Alvares 
Maciel, o poeta e coronel  Inácio José de Alvarenga Peixoto, o poeta e 
magistrado Tomaz Antônio Gonzaga (autor das Cartas Chilenas e do poema 
Marília de Dirceu) e outros.  

O delator  Joaquim Silvério dos Reis sofreu um atentado no Rio de 
Janeiro e foi perseguido em Minas Gerais. Foi para Portugal onde foi 
homenageado e recebeu alta condecoração do governo português, 
ganhando também uma pensão mensal  de 200 mil reis e teve uma vida 

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