segunda-feira, 27 de agosto de 2012

A POLÍTICA DE PARAZINHO: UM PARADIGMA, UMA REFLEXÃO!


Por esses dias passei a pensar na política de uma maneira mais crítica, mais reflexiva e lembrei-me de um fato que aconteceu na minha sala de aula no ano de 2008. Certa vez estava eu dando aula de filosofia na E. E. Sen. Jessé P. Freire e na ocasião dissertava sobre a vida e obra de Nicolau Maquiavel, de como ele, ao escrever sua principal obra, O PRÍNCIPE, criou um “manual da política”, que pode ser interpretado de muitas maneiras diferentes.

Para meu desgosto e infelicidade da nossa cidade e até mesmo do país, alguns alunos saíram da sala de aula dizendo que não se poderia falar de política dentro dos muros da escola.

Lamentavelmente ainda hoje se considera um tabu falar sobre política na escola. Isso me remete a memória e faz lembrar-se do tempo que falar sobre sexo na sala de aula era motivo de constrangimento e algumas desavenças entre pais e educadores. Hoje existem programas governamentais que distribui camisinhas nas escolas, palestra sobre doenças sexualmente transmissíveis, anatomia humana e etc.

Não menos grave, alguns diretores de escolas e alguns educadores têm uma linha de pensamento que infelizmente ainda precisa de reciclagem, jogar no lixo o que é lixo e respeitar a liberdade de expressão.

Daí surge a pergunta: vamos retroceder no tempo e dar o mesmo tratamento que demos ao tema SEXO também ao tema POLÍTICA e contribuir para que nosso país seja uma nação de corruptos e de pessoas corruptíveis, ou seguir aquele exemplo do espírito renascentista e inovador que desejava superar e romper com pensamento medieval?

Façamos do tema política algo discutível e apreciável as crianças, aos jovens e as pessoas de todas as idades, CHEGA DE CENSURA E DE FALSA MORAL.

É pela falta do debate político que muitos prefeitos, governadores e políticos em geral interpretam a obra fundadora da ciência política de maneira maliciosa e cruel, é comum ouvir deles: “Os fins justificam os meios”.

E baseados nesse conceito de interpretação individual afirmam que o governante não deve medir esforços nem hesitar, mesmo que diante da crueldade ou da trapaça, se o que estiver em jogo for a “integridade do município e o bem do seu povo”.

Que fique bem claro que não queremos professores e alunos politiqueiros, e sim, politizados e conhecedores dos seus direitos.

Prof. Irismarqueks A. Pereira

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