Por esses dias passei a pensar na política
de uma maneira mais crítica, mais reflexiva e lembrei-me de um fato que
aconteceu na minha sala de aula no ano de 2008. Certa vez estava eu dando aula
de filosofia na E. E. Sen. Jessé P. Freire e na ocasião dissertava sobre a vida
e obra de Nicolau Maquiavel, de como
ele, ao escrever sua principal obra, O PRÍNCIPE, criou um “manual da política”,
que pode ser interpretado de muitas maneiras diferentes.
Para meu desgosto e infelicidade da nossa
cidade e até mesmo do país, alguns alunos saíram da sala de aula dizendo que
não se poderia falar de política dentro dos muros da escola.
Lamentavelmente ainda hoje se considera um
tabu falar sobre política na escola. Isso me remete a memória e faz lembrar-se
do tempo que falar sobre sexo na sala de aula era motivo de constrangimento e
algumas desavenças entre pais e educadores. Hoje existem programas
governamentais que distribui camisinhas nas escolas, palestra sobre doenças
sexualmente transmissíveis, anatomia humana e etc.
Não menos grave, alguns diretores de
escolas e alguns educadores têm uma linha de pensamento que infelizmente ainda precisa
de reciclagem, jogar no lixo o que é lixo e respeitar a liberdade de expressão.
Daí
surge a pergunta: vamos
retroceder no tempo e dar o mesmo tratamento que demos ao tema SEXO também ao
tema POLÍTICA e contribuir para que nosso país seja uma nação de corruptos e de
pessoas corruptíveis, ou seguir aquele exemplo do espírito renascentista e
inovador que desejava superar e romper com pensamento medieval?
Façamos do tema política algo discutível e
apreciável as crianças, aos jovens e as pessoas de todas as idades, CHEGA DE
CENSURA E DE FALSA MORAL.
É pela falta do debate político que muitos
prefeitos, governadores e políticos em geral interpretam a obra fundadora da ciência
política de maneira maliciosa e cruel, é comum ouvir deles: “Os fins justificam
os meios”.
E baseados nesse conceito de interpretação
individual afirmam que o governante não deve medir esforços nem hesitar, mesmo
que diante da crueldade ou da trapaça, se o que estiver em jogo for a “integridade
do município e o bem do seu povo”.
Que
fique bem claro que não queremos professores e alunos politiqueiros, e sim, politizados
e conhecedores dos seus direitos.
Prof.
Irismarqueks A. Pereira
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