segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Mentiras disfarçadas de verdades



Assistindo TV por esses dias, não pude deixar de observar uma entrevista bem característica de reproduções que fazemos todos os dias de maneira inconsciente e manipuladora das classes sociais no Brasil. Depois que li a obra: “Mentiras que parecem verdades” do autor que muito admiro o Humberto Eco eu consegui captar uma mensagem subliminar em um dos jornais da TV GLOBO.

A repórter pergunta a um trabalhador responsável pela montagem do palco da festa do réveillon que já trabalhava sem descanso a mais de 12h seguidas.

Repórter: “O senhor deve está muito orgulhoso de contribuir para uma festa muito linda, com pessoas de todas as partes do mundo, está feliz por isso?” 

A resposta do trabalhador proletariado é que sim, que é um orgulho para ele, lógico. Essa resposta nos leva a acreditar que todos saem felizes dessa história. Mas poucos param pra pensar que o trabalhador que vendeu sua força de trabalho a pouco custo, não frequentará aquela área nobre por falta de dinheiro, será excluído deste processo porque não lhe convém freqüentar o mesmo espaço que a elite rica festeja. 

Somos acostumados a acreditar em mentiras disfarçadas de verdades. Não vou muito longe, em Parazinho já ouvi muita gente dizer que preferia ganhar 300 reais da antiga gestão municipal do que ganhar um salário mínimo atrasado. Muitos de nós costumamos dizer que algo ilegal, pagar trabalhador abaixo de um salário mínimo é correto, mesmo sabendo que não é. Será que somos marionetes ambulantes e não percebemos o reconhecemos nosso papel de explorados? 

Vamos refletir um pouco:
 
Karl Marx, não nos deixa esquecer que devemos COMPREENDER o mundo para tentá-lo transformá-lo e não para se conformar com ele.

Prof. Irismarqueks Alves

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