Assistindo
TV por esses dias, não pude deixar de observar uma entrevista bem característica
de reproduções que fazemos todos os dias de maneira inconsciente e manipuladora
das classes sociais no Brasil. Depois que li a obra: “Mentiras que parecem
verdades” do autor que muito admiro o Humberto Eco eu consegui captar uma
mensagem subliminar em um dos jornais da TV GLOBO.
A repórter
pergunta a um trabalhador responsável pela montagem do palco da festa do réveillon que já
trabalhava sem descanso a mais de 12h seguidas.
Repórter:
“O senhor deve está muito orgulhoso de contribuir para uma festa muito linda,
com pessoas de todas as partes do mundo, está feliz por isso?”
A resposta
do trabalhador proletariado é que sim, que é um orgulho para ele, lógico. Essa
resposta nos leva a acreditar que todos saem felizes dessa história. Mas poucos
param pra pensar que o trabalhador que vendeu sua força de trabalho a pouco
custo, não frequentará aquela área nobre por falta de dinheiro, será excluído
deste processo porque não lhe convém freqüentar o mesmo espaço que a elite rica
festeja.
Somos
acostumados a acreditar em mentiras disfarçadas de verdades. Não vou muito
longe, em Parazinho já ouvi muita gente dizer que preferia ganhar 300 reais da
antiga gestão municipal do que ganhar um salário mínimo atrasado. Muitos de nós
costumamos dizer que algo ilegal, pagar trabalhador abaixo de um salário mínimo
é correto, mesmo sabendo que não é. Será que somos marionetes ambulantes e não
percebemos o reconhecemos nosso papel de explorados?
Vamos refletir um pouco:
Karl
Marx, não nos deixa esquecer que devemos COMPREENDER o mundo para tentá-lo
transformá-lo e não para se conformar com ele.
Prof.
Irismarqueks Alves
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