Bento XVI
A renúncia
do papa evidencia a exaustão histórica de uma burocracia planetária, incapaz de
administrar democraticamente suas divergências, cada vez mais afunilada pela
disputa de poder entre as várias facções direitistas, diz Márcia Denser.
Inspirada em várias fontes, eis algumas
reflexões (e revelações para quem não sabe) sobre a renúncia de Beto XVI: um
mix de dinheiro, poder e sabotagens, corrupção, espionagem, escândalos sexuais
– a presença ostensiva desses ingredientes de filme de terror no noticiário
constituía o dia-a-dia do Vaticano.
Tal
frequência e a intensidade anunciavam algo nem sempre inteligível ao mundo
exterior: o acirramento da disputa sucessória de Bento XVI nos bastidores da
Santa Sé. Desta vez, mais do que nunca, a fumaça que anunciará o “habemus
papam” refletirá o desfecho de uma fritura política de vida ou morte entre
grupos radicais de direita na alta burocracia católica.
Mais que de
saúde, razões de Estado teriam levado Bento XVI a anunciar a renúncia de seu
papado.
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