terça-feira, 23 de outubro de 2012

EU E MEUS 8 ANOS DE EXPERIÊNCIA - SE EU FOSSE VOCÊ LERIA ...



VAMOS REFLETIR,

Imagine um carro forte como escape para alguém que foge do perigo. Aos olhos de muitos seria a melhor escolha de todas.

Um carro forte é blindado com chapas de aço e a prova de balas; um lugar imponente como o nome já sugere. Numa guerra a maioria optaria naturalmente por ficar protegido no carro forte, que empunhar uma arma e lutar.

Da mesma maneira o Rei Midas (personagem da mitologia grega), iludiu-se com o desejo de ter a vantagem de transformar tudo que tocasse em ouro, por outro lado ele não poderia mais comer porque a comida se transformava em ouro.

Alguém arrisca qual foi o castigo do rei?

Orelhas de burro, isso mesmo. Ou era isso ou morreria de fome.

Talvez pudesse eu transformar esta reflexão em uma análise dos últimos 8 anos da minha vida, talvez pudesse defini-los como uma gestão de pedras, sei lá.

São tantas pedras, praças para andar, casas para visitar e tantas edificações, como uma espécie de casa com tudo dentro.

Mas...

Com as pedras são mais fáceis de lidar, até porque elas não têm sentimentos, até porque elas são mais visíveis, atraem mais olhares e votos, votos de estima ao mesmo tempo em que escondem duras realidades.
Já diziam as sábias palavras do poeta Fernando Pessoa:

“Grandes são os desertos, e tudo é deserto.
 Não são algumas toneladas de pedras ou tijolos ao alto
 Que disfarçam o solo, o tal solo que é tudo.
 Grandes são os desertos e as almas desertas e grandes
 Desertas porque não passa por elas senão elas mesmas...”
 
De fato alguns solos deixaram de ser regados, dentre eles, o solo: A horta da essência humana. Mas conhecida popularmente pelo nome de POVO.

Talvez seja por isso que muita gente escolheu o carro forte e o muro de tijolos como único e suficiente refúgio.

Alguns não atentaram para o fato de que num confronto direto, esconder-se dentro de um carro forte cercado por inimigos não valia de muita coisa, principalmente porque ou se sai para lutar ou se morre de fome.

Eu disse não ao “ouro de tolos” e hoje me sinto muito feliz. Como muitos pensavam, eu não tenho o “paladar infantil” – termo que é usado para leigos que não sabem diferenciar o sabor de um châteaux de Bordeaux e se confundem facilmente com qualquer suco de uvas que lhes é oferecido.

Irismarqueks A. Pereira

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