VAMOS REFLETIR,
Imagine um carro forte como escape
para alguém que foge do perigo. Aos olhos de muitos seria a melhor escolha de
todas.
Um carro forte é blindado com chapas
de aço e a prova de balas; um lugar imponente como o nome já sugere. Numa guerra
a maioria optaria naturalmente por ficar protegido no carro forte, que empunhar
uma arma e lutar.
Da mesma maneira o Rei Midas (personagem
da mitologia grega), iludiu-se com o desejo de ter a vantagem de transformar
tudo que tocasse em ouro, por outro lado ele não poderia mais comer porque a
comida se transformava em ouro.
Alguém arrisca qual foi o castigo do
rei?
Orelhas de burro, isso mesmo. Ou era
isso ou morreria de fome.
Talvez pudesse eu transformar esta reflexão
em uma análise dos últimos 8 anos da minha vida, talvez pudesse defini-los como
uma gestão de pedras, sei lá.
São tantas pedras, praças para andar,
casas para visitar e tantas edificações, como uma espécie de casa com tudo
dentro.
Mas...
Com as pedras são mais fáceis de
lidar, até porque elas não têm sentimentos, até porque elas são mais visíveis,
atraem mais olhares e votos, votos de estima ao mesmo tempo em que escondem
duras realidades.
Já diziam as sábias palavras do poeta
Fernando Pessoa:
“Grandes
são os desertos, e tudo é deserto.
Não são algumas toneladas de pedras ou tijolos ao alto Que disfarçam o solo, o tal solo que é tudo. Grandes são os desertos e as almas desertas e grandes Desertas porque não passa por elas senão elas mesmas...” |
De fato alguns solos deixaram de ser
regados, dentre eles, o solo: A horta da
essência humana. Mas conhecida popularmente pelo nome de POVO.
Talvez seja por isso que muita gente
escolheu o carro forte e o muro de tijolos como único e suficiente refúgio.
Alguns não atentaram para o fato de
que num confronto direto, esconder-se dentro de um carro forte cercado por
inimigos não valia de muita coisa, principalmente porque ou se sai para lutar
ou se morre de fome.
Eu disse não ao “ouro de tolos” e
hoje me sinto muito feliz. Como muitos pensavam, eu não tenho o “paladar
infantil” – termo que é usado para leigos que não sabem diferenciar o sabor de
um châteaux
de Bordeaux e se confundem facilmente
com qualquer suco de uvas que lhes é oferecido.
Irismarqueks A. Pereira
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