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quarta-feira, 27 de março de 2019

Poema

E pelo que morrer?
(Irismarqueks Alves) 

Pelo suor do meu trabalho
por uma pátria desalmada
que permite que seus filhos morram de fome
ainda que rica, idolatrada
salve, salve?

Salvem-se os salários que desde sua origem de muito gosto tem o sal
que de tantos encargos
de longe são leves e suaves seus jugos.

Salve ó pátria amada os que têm por glória
teu teto estelar e que nas calçadas sem armaduras e espadas
contra o frio e a violência não podem lutar.

Gigante seja teu cuidado com os que cultivam tuas flores;
e o latifúndio não conquiste “com braço forte”
os que de semente a semente
semeiam “mais amores”.

Mae gentil,
faz da educação dos teus pequeninos símbolo de amor eterno
e dos teus professores maestros. Daí,
“verás que um filho teu não foge á luta”
e que entre outras terras mil
livre de pele senil
serás tu, ó pátria amada, Brasil!

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